É favor
dar licença da minha cabeça
ou ocupar de vez seu lugar no meu corpo
terça-feira, 29 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Antiga, da cama
Podia chover essa semana. Aí você viria me pedir abrigo. Sua mãe entenderia. Seu cachorro sentiria falta, mas seria recompensado com mais espaço na cama e uma surpresa. Falaríamos até as três da manhã. Você faria perguntas indiscretas. Daria respostas certeiras. Você me mostraria novamente suas cicatrizes. Eu iria abraçá-la. Chorando e rindo. Quase em silêncio. Sem saber por quem. Querendo tudo de novo e tudo diferente depois.
Querendo tudo.
Sentindo muito.
Querendo tudo.
Sentindo muito.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Vai mesmo? Vai chamar um helicóptero e jogar flores, gritar meu nome, colocar foco de luz e tudo o mais? Vai mesmo?
Ai!
Não sei mais se quero.
Não sei. Que se antes foi óbvio que esse tom era o exato, por um momento desacreditei de tudo. Sofri uma dor mais de saudade ou nostalgia, da perda de uma vida que não me pertence mais, e que não desejo assim em grande parte.
Agora estou no Meio do caminho.
[Só que trouxe você pro meio da rua. Não sei se foi correto. Eu sempre tenho a preocupação de saber se foi. É uma garantia pra mim]
Então, no meio do caminho, penso que no volume baixinho, como a música do meu quarto, funcionava bem. Que não precisa estar tudo no megafone. Que tá frio. Que talvez as terças sejam mais chatas. Que eu não entendo a minha necessidade de insistir, repetir. Muito menos de falar.
Esquece tudo. Fecha os olhos. Deita aqui. Me manda parar de pensar tanto e de despencar sempre. Eu já disse que obedeço. Quase sempre.
Quem enfiou essa faca no meu estômago fui eu.
Ai!
Não sei mais se quero.
Não sei. Que se antes foi óbvio que esse tom era o exato, por um momento desacreditei de tudo. Sofri uma dor mais de saudade ou nostalgia, da perda de uma vida que não me pertence mais, e que não desejo assim em grande parte.
Agora estou no Meio do caminho.
[Só que trouxe você pro meio da rua. Não sei se foi correto. Eu sempre tenho a preocupação de saber se foi. É uma garantia pra mim]
Então, no meio do caminho, penso que no volume baixinho, como a música do meu quarto, funcionava bem. Que não precisa estar tudo no megafone. Que tá frio. Que talvez as terças sejam mais chatas. Que eu não entendo a minha necessidade de insistir, repetir. Muito menos de falar.
Esquece tudo. Fecha os olhos. Deita aqui. Me manda parar de pensar tanto e de despencar sempre. Eu já disse que obedeço. Quase sempre.
Quem enfiou essa faca no meu estômago fui eu.
sábado, 5 de junho de 2010
Suspensão
Eu não gosto desse lugar
Mas hoje preciso dele
O tempo pra que eu pense
sinta
A confusão não me deixa colocar em palavras ainda o resto
Há uma cisão que não sintetizou nada ainda
Fico aqui.
O sono me traz aquilo que a concentração não alcança.
Mas hoje preciso dele
O tempo pra que eu pense
sinta
A confusão não me deixa colocar em palavras ainda o resto
Há uma cisão que não sintetizou nada ainda
Fico aqui.
O sono me traz aquilo que a concentração não alcança.
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