segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vai mesmo? Vai chamar um helicóptero e jogar flores, gritar meu nome, colocar foco de luz e tudo o mais? Vai mesmo?


Ai!
Não sei mais se quero.


Não sei. Que se antes foi óbvio que esse tom era o exato, por um momento desacreditei de tudo. Sofri uma dor mais de saudade ou nostalgia, da perda de uma vida que não me pertence mais, e que não desejo assim em grande parte.


Agora estou no Meio do caminho.


[Só que trouxe você pro meio da rua. Não sei se foi correto. Eu sempre tenho a preocupação de saber se foi. É uma garantia pra mim]

Então, no meio do caminho, penso que no volume baixinho, como a música do meu quarto, funcionava bem. Que não precisa estar tudo no megafone. Que tá frio. Que talvez as terças sejam mais chatas. Que eu não entendo a minha necessidade de insistir, repetir. Muito menos de falar.

Esquece tudo. Fecha os olhos. Deita aqui. Me manda parar de pensar tanto e de despencar sempre. Eu já disse que obedeço. Quase sempre.

Quem enfiou essa faca no meu estômago fui eu.

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