quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porque entre gargalhadas e lágrimas, nosso amor barato é o que tenho de mais próximo do sagrado. Flores demais perto de alguém de mãos dadas a um bebê, de plástico.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Eu estaria em aula, mas...

vocês não me deixam. eu nao queria dizer. mas queria sim. eu ainda lembro de voce todo dia e depois do ocorrido com mais pureza e talvez dor. voltou a primeira sensacao. queria poder brigar com voce. o que nunca fiz. mas agora faria. queria nem que fosse nosso sms. nosso 9090. qualquer codigo que dissesse que voce nao precisava disso. nem pra passar nem pra nao passar. agora fico falando com voce e sozinha. mas voces sao assim. me fazem isso. pelo menos eu sei que nao perdemos um segundo sequer. tendo os gasto com gargalhadas ou lagrimas.

domingo, 23 de agosto de 2009

Pausa

Por um momento minhas atividades de escritora estão suspensas ou, pelo menos, restritas. De vez em nunca, poderão ser apreciadas (ou não - pra sorte de todos) em www.cerebronosso.bio.br.



Por acaso, ontem foi publicado nesse site um comentário sobre o filme Amnésia (Memento), queria ver há séculos, mas o responsável por copiar o DVD não mais o fará. Agora, pelo menos sei um pouco sobre a questão científica da coisa. Acho que a outra parte nunca vou saber.
Pra mim, vai ser mais memória que amnésia quando assistir, mas eu vou.

domingo, 26 de julho de 2009

Sobre Nuncas...

Comecei pensando que nunca o faria. A idéia foi sempre essa. Entretanto, os Nuncas têm a tendência de deixar de existir e de serem infinitos, ao mesmo tempo. Sendo assim, vale a boa surpresa. Dialogo com alegorias alheias que também não eram dirigidas a mim. Não há, entretanto, outra que combinasse melhor. No estilo e simplicidade.

Poderia ser um conto, que começaria:
"viviam em nuvens distantes P. e T., até que um dia suas nuvens se aproximaram e formaram uma só..."

Haveria um outro novo Nunca. Ainda desconhecido.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sobre Gargalhadas e Lágrimas

As gargalhadas foram muitas, certamente mais importantes que as lágrimas.



Pediram que eu comemorasse ter conhecido e não lamentar a perda. Impossível. Comemorei ter conhecido a cada presença, a cada saudade, com sorrisos. O que se passou e que, de alguma forma, vai se passar todos os dias daquele em diante, não se deu de forma que me permitisse que eu comemorasse qualquer coisa.

É, sim, um atestado de fracasso. Não dela, mas de todos. Ela era a pessoa menos responsável pelo que se passava com ela própria.

Não revivi nada, entretanto. Mas me certifico de que é necessário ter mais cautela, e que isso não é só comigo. Algumas tentativas são bem sucedidas e isso não é sempre bom.

Preocupa-me o que se passa agora com ela. Desculpem, mas sou dessas. Espero que tenha conseguido aliviar-se, porque não podia buscar outra coisa.



Gargalhadas e lágrimas. Quase nada e muita coisa.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Comparação

Seria comparável a uma casa
De tapete vermelho
Mesmo que num mar de lama

Isso nunca foi impeditivo.




Quero desse jeito.

domingo, 14 de junho de 2009

Inevitável:

era o título que eu ia dar. Mas eu não quis.
Se fosse inevitável, seria algo que eu gostaria de evitar.

Evitar é bem distante daquilo que pretendo agora.


Mesmo que eu quisesse, seria inevitável.
Prefiro pensar que é adorável, entretanto.

sábado, 23 de maio de 2009

Dialogando

É assim mesmo. A gente fica procurando viver aquilo que se passou como está fantasiado na nossa memória: a parte boa é mais colorida do que realmente fora, a parte ruim empresta um charme a mais.
Logo quem se encanta tanto com a novidade, perdido em, ou procurando por, um passado que trouxe uma grande alegria, felicidade, mas uma dor de mesmo tamanho.
Maravilhoso: garanto. Mas largue um pouquinho da sua poesia, e veja essa leveza, amigo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ah, por favor.

Já disseram mesmo que o amor na prática era sempre ao contrário.
Ainda não entendi. Mas sentir eu sei que sim.


"Gosto, portanto machuco". Devia fazer todo sentido.
Um dia vai ser óbvio. Se colocar o "me" antes do presente do indicativo do verbo machucar, fica mais.


(Não, não é drama. Estou satisfeita.)


Fico feliz, ou não, por achar que as coisas foram mesmo previsíveis.

domingo, 19 de abril de 2009

Pré-viagem

Vim aqui totalmente estimulada a escrever. Então alguma coisa no visual da página me irritou. Parei pra mexer nisso. Mexi em um monte de coisas, mas acho que esqueci de mexer no que estava me incomodando, ou esqueci o que estava me incomodando, propriamente.
Depois me incomodo de novo e tento resolver isso.

. . .

Pré-viagem tem desses problemas:
essa coisa nem-lá-nem-cá.
malas prontas,
mas ainda não se está na estrada.
Não sei lidar com o cinza,
mas ele me fascina.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mas então,

como a gente faz quando mais coisa faz parecer menos coisa e aí tudo acaba parecendo apenas vazio?

domingo, 12 de abril de 2009

Velocidade de ondas

Eu tinha vontade de escrever um texto grande.

Os meus textos sempre vêem na minha cabeça na hora que eu não posso escrever (deixam de ser textos porque não são escritos e porque ninguém mais deles soube? Acho que não: me consolo pois eles ainda existem, portanto), normalmente no período semiconsciente pré-sono.

Sempre que eu venho aqui, no computador ou que pego um papel, saem rabiscos tortos. Não, não é caligrafia ruim (embora a minha o seja), faço desenhos mesmo: árvores são as mais frequentes; e aquelas idéias ficam alí, quietinhas de novo.

Elas costumam pipocar aos domingos, não suportam o tédio da minha cabeça nesses dias. Sou obrigada a esquecer trocânteres, fóveas, incisuras, forâmes, tubérculos e matutar coisinhas mais delicadas (não, não falo de neuroanatomia).

Mas aos domingos vem alguém chamar pra comer um lanchinho aqui, ver um cineminha alí, dar uma voltinha acolá. E elas são abafadas por outras vozes.

Pensei em marcar um horário pra ouvir meus estouros, mas eu já faço isso na análise, só que eu ainda não cheguei a anotar nenhuma sessão, nem gravá-las (vale avaliar a possibilidade).

Voltarei a andar com algo que me permita anotar o que penso. É uma boa. Mas é que sempre tem aquilo né: ondas não-mecânicas se propagam com velocidade máxima no vácuo.

O que eu vou ser agora?

Provavelmente, uma música do Los Hermanos.

E há várias que caberiam, todas muito bem
no prisma que tenho me sentido.

domingo, 5 de abril de 2009

Sobre memória:

Cumpri.
Terminei um livro hoje.
Devo manter esse meu compromisso,
não porque tenho,
mas porque quero.
Devo realizar o que quero,
mais do que o que tenho.


Tenho mais coisas a fazer,
mas é que tenho que lembrar quais são primeiro
e isso dá trabalho e cansa:
tanto fazer quanto lembrar,
não necessariamente nessa ordem de intensidade.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Sobre respeito:

Nunca fui boa em calar.
Por mim, exclusivamente,
ainda não seria.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Não, eu não quero parar.

À tarde:

Acredito, por princípio.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Achados e perdidos nas caixas de memórias.

Integrou-se rapidamente ao novo grupo de amigos e, embora possua seu círculo de amizades, brincou com todos da sala mostrando-se colaboradora, criativa e independente. Revelou ter opiniões próprias, argumentando com facilidade, mas conseguindo trocar pontos de vista e aceitar opiniões contrárias às suas. Revelou um bom tempo de concentração nas atividades individuais e coletivas e realizou com interesse as propostas (...).
Ana demonstrou um bom cotrole psicomotor amplo; tem agilidade e movimentos coordenados. Manejou bem lápis, pincel e tesoura e conseguiu estruturar cenas em pinturas, desenhos e colagens (...).
Revelou uma expressão oral rica e bem estruturada e foi capaz de expressar-se atrvés de movimentos corporais, apreciando as atividades envolvendo dança e dramatização. (...) Ao escrever, iniciou o semestre utilizando-se de letras muito grandes com predominância de maiúsculas e com pouca organização no espaço do papel. Atualmente apresentou uma escrita mais organizada, utilizando-se da letra script e revelando início de preocupação com as regras ortográficas. (...).
Apresentou um excelente raciocínio lógico, realizando propostas envolvendo classificar, seriar, codificar e decodificar, estabelecer relações de ordem e equivalência, complementar e construir sequências lógicas, perceber posições, deslocamentos, percursos sem e com setas, curvas abertas e fechadas, noção de exterior e interior.  Leu e escreveu numerais eordenou conjuntos pela quantidade de elementos em ordem crescente e decrescente.
Ana ainda necessida de auxílio pra grafar seu nome em letra cursiva e também apresenta, em alguns momentos, inversões na escrita de numerais.
(...) Foi elemento muito significativo para o grupo.

Meu boletim da Alfabetização, por minha professora Dinorá.

PS: Ainda escrevo apenas com letra script.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Dando prosseguimento...

Comprei caixas
Queria guardar as coisas
Na verdade, organizá-las

Não sei se vale; quer dizer, vale:
Preciso do espaço,
para as coisas novas...
eu acho.

Mas eu já tinha umas,
raramente consigo abri-las:
não sem muita reviravolta
e consequente transbordar,
nas melhores vezes.

Preciso começar com metalinguagem.

Instinto maternal aflorado
não podia engravidar
Pra ter de que cuidar
gerei este
Que me fez expulsá-lo:
precisou de enfermeira e fórceps.